Um príncipe que na verdade era sapo

um prince

Nunca fui expert no quesito amor. Alias, sempre fui muito tímida nessa parte, mas isso é assunto para outro texto. Das poucas coisas que sei, uma vou levar para sempre: Amar não é sofrer. Amor intenso não é aquele recheado de brigas e um beijo longo no final. Que discussões são mais frequentes que declarações. Que dor e sofrimento vem em primeiro plano. E que pensar mais no cara do que em você tá certo. Não tá. Somos tão frustrados com a nossa realidade que achamos que nossa história de amor sempre vai valer a pena como naquelas comédias românticas. Não vai.

Tenho uma amiga próxima que é muito bonita. Baixinha, com corpo proporcional, olhar forte e sorriso bonito. Sempre foi muito festeira, cheia de meninos ao redor e amigos mais velhos. Tinha um romance passageiro para cá, outro para lá. Nada muito sério. Nessas andanças conheceu um cara. Nem muito bonito, nem muito feio. Eu já conhecia a índole de manipulador, avisei, mas como uma boa amiga que prese… não me ouviu. O tempo passou e o namoro engatou. Lá pelo terceiro mês eles terminaram e ele não correu atrás. Fato inédito na vida dela. Sofreu, chorou, emagreceu e arrastava aos pés deles o pedindo de volta. Ele continuava pisando, e depois de um tempo, voltaram. Desde então só a vejo na escola. O dito cujo não deixa ela sair com ninguém. Eles se vem todo dia. Fazem tudo juntos. As conversas no whatsapp são o dia inteiro. INTEIRO. Ah, já disse que ela vai fazer intercâmbio em julho? Ele quis terminar por causa disso e vive insistindo para que ela não vá.

Já deu pra perceber que esse relacionamento é furada, né? Tenta dizer isso para ela. Não dá. Vivemos presa a algo que dói, que nos priva da liberdade (que na adolescência é quase nula) e ainda sim insistimos com uma pontinha de otimismo que ainda não se degenerou nessa história inteira. Buscamos um final feliz em algo que não será um parágrafo na nossa história. Não, não analisei isso de longe. Já passei por isso. Já tive um amor e nele me colocava em segundo plano sempre. Isso doía, mas na minha ingenuidade na época de pré adolescente, achava que o cara sendo feliz isso me fazia feliz. Não fazia. Comecei a ficar mal, sem vontade de sair de casa e gostava da sensação. Pensava que era presa ao coração. Que nada. Era presa a minha mente mesmo. Aquela masoquista. Amar mesmo não é isso. Em relacionamentos assim não prevalece o amor. E sim joguinhos emocionais que só fazem mal. E só o tempo para mostrar o desperdício de vida e felicidade que foram perdidos.

Publicado por Alice

Pudera eu me descrever impecavelmente.. Usar palavras que encantassem pela estruturação perfeita… Pela forma suave…E ao mesmo tempo poderosa…Pelo português impecável…Pelos conjuntos de adjetivos que se entrelaçam entre si de uma maneira harmoniosa…Pelos sarcasmos indispensáveis nas horas surpreendentes…pela retração da realidade com olhos excêntricos… Mas não! Prefiro que eu seja descobertas nas entrelinhas, em uma musica, em uma piada, em uma crítica, foto e ate quem sabe um vídeo… Sem pré-conceitos lidos em um about. Que cada parte que eu exponha aqui seja a porta de entrada para realidade (distorcida, fantasiada, equacionada, vivida) da minha mente. Que essa tal descoberta seja feitas pelas bordas, pelos detalhes que fazem qualquer pessoa diferente, com seus jeitos, mania, sua personalidade. Mas simplificando, talvez um adjetivo possa expressar o que provavelmente você vai achar: Confusa.

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