Odeio essa solidão que me faz ficar parada numa brecha introspectiva enquanto rolam mil festas, caras, histórias sendo contadas e eu não fazendo parte de nenhuma delas. Por pura escolha mas parece que essa decisão é reflexo dos meus pensamentos e a minha inércia ao tentar me mover nessa areia movediça que é a minha mente. Tento não pensar mas mesmo com as incansáveis tentativas, logo me vejo em um dos mais intermináveis banhos quentes, cigarro e escuro.
Pudera eu me descrever impecavelmente.. Usar palavras que encantassem pela estruturação perfeita… Pela forma suave…E ao mesmo tempo poderosa…Pelo português impecável…Pelos conjuntos de adjetivos que se entrelaçam entre si de uma maneira harmoniosa…Pelos sarcasmos indispensáveis nas horas surpreendentes…pela retração da realidade com olhos excêntricos… Mas não!
Prefiro que eu seja descobertas nas entrelinhas, em uma musica, em uma piada, em uma crítica, foto e ate quem sabe um vídeo… Sem pré-conceitos lidos em um about. Que cada parte que eu exponha aqui seja a porta de entrada para realidade (distorcida, fantasiada, equacionada, vivida) da minha mente. Que essa tal descoberta seja feitas pelas bordas, pelos detalhes que fazem qualquer pessoa diferente, com seus jeitos, mania, sua personalidade. Mas simplificando, talvez um adjetivo possa expressar o que provavelmente você vai achar: Confusa.
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